Ministério da Cultura, Transpetro, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura apresentam
Toca de Ideias
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Mediação: Kamille Viola

Kamille Viola é jornalista, pesquisadora musical e escritora, autora do livro África Brasil: Um dia Jorge Ben voou para toda a gente ver (Edições Sesc São Paulo), indicado ao Prêmio Jabuti em 2021. Também é uma das autoras dos livros 1979 – O ano que ressignificou a MPB (Garota FM Books, 2022), organizado por Célio Albuquerque; e De tudo se faz canção – Os 50 anos do Clube da Esquina (Garota FM Books, 2022), organizado por Márcio Borges e Chris Fuscaldo. Tem passagens e colaborações por veículos como Veja Rio, UOL, O Estado de S. Paulo, Trip, O Dia, O Globo, Folha de S. Paulo, Billboard Brasil, Bizz, Marie Claire, Canal Futura e News Deeply, entre outros. Ganhou o Prêmio Imprensa Embratel em 2009 e o Prêmio Petrobras de Jornalismo em 2014, e foi cinco vezes finalista do Women's Music Event Awards, na categoria jornalista musical.
14 de Agosto
Festivais: Pontes para o Agora – Conectando Temas, Territórios e Redes no Cenário Cultural Brasileiro
Horário: 10h às 12h30
Convidados: Danielle Barros, Eulícia Esteves e Lucas Padilha



DANIELLE BARROS – Danielle Barros é funcionária de carreira da educação do Rio de Janeiro, Danielle Barros é professora, contadora de histórias, ativista e gestora cultural. Como Secretária de Cultura do Estado do Rio regulamentou o Fundo Estadual de Cultura após 22 anos e modificou a política de projetos culturais financiados com recursos da Lei de Incentivo à Cultura, com foco na diversificação do incentivo para projetos e projeção da cultura nos 92 municípios do estado. Mestranda em Educação no Campo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, também atuou em todo estado do Rio como Delegada Federal de Desenvolvimento Agrário, conhecendo todos os 92 municípios e suas particularidades.
EULÍCIA ESTEVES – Compositora, gestora cultural e servidora da Funarte desde 2006. É mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais (CPDOC/FGV) e doutora em História Social (UFRJ). Foi professora da Universidade Cândido Mendes (IUPERJ), tendo sido docente do Bacharelado em Produção e Política Cultural e da Pós-Graduação em Arte e Cultura. Atualmente, é Diretora de Música da Funarte e Presidenta do Programa Ibermúsicas.
LUCAS PADILHA – Advogado e gestor público, com mestrado em Estudos Chineses pela Universidade de Pequim, Lucas Padilha é Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Entre 2021 e 2024, ocupou na Prefeitura do Rio os cargos de Secretário Municipal de Meio Ambiente, Secretário da Casa Civil, Coordenador de Relações Internacionais e Presidente do Comitê Rio G20. Também foi assessor especial da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
O compositor no cenário atual da MPB. Inspirações, desafios e alternativas para o compositor de ofício
Horário: 14h30 às 17h
Convidados: Nilson Chaves e Cauê Oliveira Fanha


NILSON CHAVES – Nilson Chaves, compositor, cantor e violonista paraense. Um dos grandes representantes da música amazônica com reconhecimento nacional e internacional pelo trabalho desenvolvido buscando sempre uma linguagem poética e musical na sua arte de cantar a Amazônia. Com 28 discos gravados, sendo SEIS vinis, 17 CDs e ainda cinco DVDs, Nilson ganhou o Prêmio Sharp em 1994 e com o CD “Waldemar”, em parceria com Vital Lima, foi indicado entre os dez melhores CDs brasileiros deste ano pela crítica do jornal O Globo. Lançou em 1997 o CD “Amazônia Brasileira” com Sebastião Tapajós na Europa, pelo selo alemão Tupirama Music, quando também foi indicado entre os cinco melhores CDs lançados no mercado europeu. No ano 2000, foi indicado para o Grammy Latino com o CD “25 anos ao vivo”, com as participações da Orquestra Jovem e do Coral da Fundação Carlos Gomes (PA), na categoria de Raízes Brasileiras.
CAUÊ OLIVEIRA FANHA – Diplomata com 15 anos de experiência, trabalhando com propriedade intelectual, negociações comerciais e relações políticas bilaterais. Atualmente Diretor de Regulação de Direitos Autorais da Secretaria de Direitos Autorais e Intelectuais do Ministério da Cultura. Atua na elaboração de atos normativos sobre direitos autorais, conhecimentos tradicionais e expressões culturais tradicionais, tanto no ordenamento jurídico interno quanto no internacional. Serviu na Missão do Brasil junto à OMC, em Genebra, e na Embaixada do Brasil em Lima.
15 de Agosto
A música dos povos originários, diálogos, presença e influência na chamada MPB
Horário: 10h às 12h30 | Convidados: Djuena Tikuna e Rafael Menezes Bastos


DJUENA TIKUNA – é uma das maiores referências da música indígena no país. Nasceu na Terra Indígena Tukuna Umariaçu, na aldeia Umariaçu II, no alto Rio Solimões, na fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia. Em 2017 a artista fez história ao tornar-se a primeira indígena a produzir e protagonizar um espetáculo musical no Teatro Amazonas, em mais de 120 anos de existência do local, onde lançou o álbum Tchautchiüãne, indicado ao Indigenous Music Awards, a maior premiação da música indígena mundial. Djuena Tikuna é uma das pioneiras em interpretar o hino nacional do Brasil, em língua materna, com o qual se apresentou na abertura dos Jogos Olímpicos. É a primeira jornalista indígena formada no Amazonas e documentarista com o olhar voltado para a musicalidade dos povos originários.
RAFAEL MENEZES BASTOS – Rafael Menezes Bastos é Professor Titular do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina, aposentado. Foi professor e/ou pesquisador visitante em várias universidades europeias (Portugal, França) e americanas (Estados Unidos, Canadá). Publicou mais de cem artigos e capítulos de livros, três livros autorais, um deles na Colômbia, e uma coletânea. Atua como conselheiro editorial de várias publicações no Brasil e no exterior. Sua experiência central está na Antropologia e Etnomusicologia Indígenas, atuando principalmente nos seguintes temas: música, cultura e sociedade nas terras baixas da América do Sul, Alto Xingu, música popular, Santa Catarina e música, cultura e sociedade na América Latina e Caribe.
A Música Amazônica no Cenário Nacional e Global - Desafios e Potenciais
Horário: 14h30 às 17h | Convidados: Gaby Amarantos e Marcel Arêde


GABY AMARANTOS – Nascida no bairro de Jurunas, na periferia de Belém do Pará, Gaby Amarantos é uma das maiores cantoras do Brasil, com sua voz potente e exuberância única. Em 2024 sua Obra se torna Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará. Vencedora do Grammy Latino 2023 na categoria de Melhor Álbum de Música de Raízes Em Língua Portuguesa com o TecnoShow, é a terceira vez que a artista foi indicada ao prêmio, as outras sendo em 2012 com o álbum Treme. Gaby Amarantos é uma artista inovadora na cena do novo pop-tropical, colaborando recentemente com uma lista que transborda as gerações, de Duda Beat a Elza Soares, de Lexa e Jaloo a Ney Matogrosso e Alcione.
MARCEL ARÊDE – Marcel Arêde é sócio-diretor da AmpliCriativa Produções e atua há mais de duas décadas na gestão cultural e no desenvolvimento estratégico de carreiras artísticas na Amazônia. Foi um dos idealizadores do Festival Se Rasgum e gestor do programa Conexão Vivo no Pará. Desde 2001, gerenciou a carreira de artistas que marcaram a música paraense contemporânea, como Gaby Amarantos, Lucas Estrela, La Pupuña e Felipe Cordeiro. Atualmente, trabalha com Dona Onete, Gang do Eletro e AQNO, conectando a produção artística da região a redes nacionais e internacionais.
16 de Agosto
Música, performance, artes plásticas e áudio visual - Panoramas da diversidade do multiartista contemporâneo
Horário: 10h às 12h30 | Convidados: Rafa Bqueer e Roberta Carvalho


RAFA BQUEER – Rafa Bqueer (Belém, Pará, 1992) é artista visual multimídia com formação pela UFPA. Mora na cidade do Rio de Janeiro. Pesquisa a arte da performance e suas interseccionalidades com temas sobre gênero, travestilidade e ancestralidade afro-amazônica. Atua também como drag e destaque de escolas de samba do Rio de Janeiro. Já participou de diversas exposições nacionais e internacionais. Suas obras fazem parte de importantes acervos de instituições como MASP e Pinacoteca de São Paulo.
ROBERTA CARVALHO – Artista visual, multimídia e diretora artística. Amazônida, ARTvista, nascida em Belém do Pará. Desenvolve trabalhos envolvendo vídeo, intervenção urbana, projeção, realidades mistas, instalação e projetos interativos. Vencedora do Prêmio FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais, indicada ao Prêmio PIPA 2023, participou de várias exposições e projetos nacionais e internacionais. Fundadora da 11:11 Arte, criou o Festival Amazônia Mapping, um projeto pioneiro de arte e tecnologia no Brasil, produzido e protagonizado por Amazônidas. No Rock in Rio 2022, foi diretora artística e curadora da NAVE, levando mais de 50 artistas para o maior festival de música do mundo. Foi diretora visual do projeto "Amazônia: An Immersive experience", apresentado na COP28, em Dubai, reunindo artes visuais, música e gastronomia da Amazônia. Foi curadora do projeto Pororoca, em Nova York, ocupando telas da Times Square e do Central Park com suas obras e de diversos artistas amazônidas. Recentemente co-dirigiu o filme Mestras, o primeiro longa documentário paraense no hall de filmes selecionados no Festival de Gramado.
Palavra em Movimento: Poesia, Relatos e Memória nas Múltiplas Amazônias – Vozes que Tecem o Presente e o Futuro
Horário: 14h30 às 17h | Convidados: Thiago Thiago de Mello, Elizeu Braga e Úrsula Vidal



ELIZEU BRAGA – Nasceu na vila ribeirinha de Tacoã, no Baixo-Madeira, em Porto Velho (RO). Poeta das águas e das palavras, escreve como quem rema contra e a favor da correnteza. É autor dos livros Cantigas (2015), Mormaço (2016) e Cidades são rios que correm ao contrário (2024). Também compõe canções, encena versos e transforma a oralidade em espetáculo. Assina dois recitais-performances: Mormaço e Cidades são rios que correm ao contrário, onde a poesia pulsa no corpo e na voz.
THIAGO THIAGO DE MELLO – Compositor, poeta e educador, nascido no Rio de Janeiro em 1981 e criado na Amazônia. Doutor em Ciências Sociais pela UERJ, professor de Sociologia no Ensino Médio, lançou álbuns e livros, e atua em projetos artísticos e pedagógicos guiado pelo poder transformador do sonho e das palavras.
ÚRSULA VIDAL – Jornalista, cineasta e ativista socioambiental, atualmente Secretária de Cultura do Pará e coordenadora da Câmara Temática de Cultura do Consórcio da Amazônia Legal. Lidera projetos para valorização da cultura popular e políticas de equidade. Foi presidente do Fórum Nacional de Secretários de Cultura de 2019 a 2021.
17 de Agosto
Cultura Fora do Centro: Narrativas, Visibilidade e Impacto Social – A Potência das Expressões Regionais no Cenário Brasileiro
Horário: 10h às 12h30 | Convidados: Karla Martins e Eliakin Rufino


KARLA MARTINS – Atriz, produtora cultural e contadora de histórias. Formada em Artes Cênicas e pós-graduada no Instituto Superior de Arte em Havana, Cuba. Trabalhou na Reserva Extrativista Chico Mendes e na Universidade Federal do Acre. Co-fundadora do Circuito Fora do Eixo e Mídia Ninja. Atualmente gerencia projetos da Associação Coletivo Cultural e produz o Festival Internacional Pachamama - Cinema de Fronteira e o Festival Varadouro de Música, todos em Rio Branco - Acre. Produziu o filme "Noites Alienígenas", premiado no Festival de Gramado. É também umas das coordenadoras do Matapi - Mercado Audiovisual das Amazônias e integra o Conselho da CONNE - Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
ELIAKIN RUFINO – Nasceu e reside em Boa Vista, Roraima. Poeta, compositor e filósofo. Recebeu o Prêmio Grão de Música em 2019 e em 2024 o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Roraima. Músicas suas já foram gravadas por Leila Pinheiro, Gaby Amarantos, Eliana Printes, Nilson Chaves, Lucinha Bastos, Euterpe, Márcia Novo, Zé Miguel, entre outros artistas da Amazônia.
Música além do mercado musical - Vivências e práticas comunitárias, jogos, brinquedos populares e conexões autênticas em um mundo em virtualização
Horário: 14h30 às 17h | Convidados: Antônio Nóbrega e Sandra Benites


ANTÔNIO NÓBREGA – Nascido no Recife, começou a estudar violino aos oito anos. Em 1971, Ariano Suassuna convidou-o para integrar o Quinteto Armorial. A partir daí, passou a estudar o universo da cultura popular e a criar espetáculos de teatro, dança e música nela referenciados. Entre eles: Brincante, Figural, Na Pancada do Ganzá, Madeira Que Cupim Não Rói, Pernambuco Falando para o Mundo, Lunário Perpétuo, Nove de Frevereiro, Naturalmente, Húmus, Recital para Ariano, Semba, Rima, entre outros. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Shell de Teatro, o Tim de Música, APCA, Mambembe, Conrado Wessel, Governador do Estado de São Paulo. Recebeu 2 vezes a Comenda do Mérito Cultural. Tem 12 CDs gravados e três DVDs. Em 1992, fundou com Rosane Almeida – atriz, bailarina – o Instituto Brincante, em São Paulo. Em 2014, o cineasta Walter Carvalho realizou o longa-metragem Brincante, dedicado à sua trajetória artística. Dedica-se atualmente a escrever uma obra ensaística sobre a cultura popular brasileira.
SANDRA BENITES – Sandra Benites é antropóloga, ativista, pesquisadora, curadora artística e educadora indígena do povo Guarani Nhandewa. Ela é da Terra Indígena Porto Lindo, localizada no município de Japorã, no Mato Grosso do Sul. Sandra dedica sua vida ao ativismo sobre questões do povo Guarani e outros povos indígenas, e ao avanço da educação indígena nas aldeias. Além disso, fala sobre a vivência, principalmente de mulheres Guarani, e é uma potente voz para a visibilidade de seu povo.